gulamentação do processo.
No caso das empresas de tecnologia, informática, biotecnologia ou de comércio eletrônico, que operam na Nasdaq, o nível de tolerância é maior. Aceitam-se pequenas e médias empresas desde que apresentem ideias inovadoras e com potencial para convencer os investidores. Mesmo assim as regras para o interessado nesse mercado aberto de capitalização são rigorosas.
Preparativo
Portanto, o primeiro passo da empresa que se interessa em se abrir para o mercado é procurar um banco de investimento especializado que vai dar o aval à interessada (underwriter). Ela passará por avaliação. Terá de apresentar todos os números que comprovem seu desempenho, devidamente documentados, por um prazo que demonstre sua solidez e potencial de crescimento. Essas informações tornarão públicas. Será agendado o lançamento das ações, com base em um prospecto e a sorte está lançada.
Mas este é apenas o começo, já que a empresa se tornará muito mais vulnerável às oscilações do sistema econômico. Por isso precisará ser gerida com rigor e por especialistas. O comando sofrerá interferência externa, já que no caso das ações ordinárias os acionistas poderão participar das assembleias do Conselho Administrativo e votar. Nesse sentido, o empresário terá que estar culturalmente sintonizado com esta nova realidade para não sofrer com a dinâmica de uma empresa globalizada, como sua empresa acabou de se tornar. Esta visão deve estar consolidada internamente pelo menos seis meses antes do lançamento do IPO.
Caminhos
A orientação para se preparar ao IPO varia nos detalhes, dependendo da corretora, que tem estratégia específica, mas segue uma base. Pelo menos dois anos antes a empresa tem de estar em dia com todos os quesitos relacionados à qualidade e desempenho: estratégia, iniciativas, aquisições, equipe-chave, sistemas de controle etc.
Um ano antes, todos os demonstrativos financeiros e técnicos devem estar alinhados, os comitês para avaliação dos protocolos compostos, regidos por um sistema padrão de gerenciamento de informações e gestão empresarial. Com seis meses de antecedência, os quesitos relacionados ao IPO devem estar resolvidos, considerando as regras do CVM e da BM&F Bovespa, se for o caso, com a documentação que dá garantia ao lançamento assinada, selando a decisão.
Feito o lançamento, o mês seguinte deve ser dedicado à confirmação de tudo o que havia sido apresentado ao público, evidenciando ao mercado que as metas estão sendo rigorosamente cumpridas, para tranquilidade dos investidores.